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          A vida do adolescente hoje é diferente daquela que levava um adolescente há 30 ou 40 anos. Para ter certeza disso, basta perguntar como era telefonar para o Rio de janeiro na década de 1950. Horas aguardando uma linha, sem falar no trabalho de discar para uma telefonista, ditar o número desejado e falar como se a outra pessoa se estivesse num outro mundo devido aos ruídos e chiados. A ciência e a tecnologia transformaram essa realidade: com um pequeno telefone celular temos o mundo ao alcance de nossos dedos. Porém, você já imaginou como seria um telefone celular sem os dispositivos disponíveis pelo advento de técnicas sofisticadas, que utilizam semicondutores e novos materiais de alta tecnologia? Você certamente já viu como era um rádio antigo: enorme, pois funcionava com válvulas eletrônicas. O uso de semicondutores trouxe inúmeras vantagens na vida cotidiana. Os telefones celulares, os microcomputadores, as câmeras digitais, a transmissão em tempo real de notícias via satélites artificiais, são alguns dos muitos equipamentos do cotidiano de uma pessoa dos nossos dias.

           As mudanças podem ser percebidas em outras áreas de nossas vidas. Por exemplo, hoje em dia, dificilmente um diagnóstico é feito sem o auxílio de imagens feitas com o uso de raios X ou de ultra–som, seja no dentista ou no médico. Quando se trata de problemas cardíacos e vasculares muitas vezes diagnósticos e terapias são feitos com o uso de radio isótopos ou por uma associação destes com raios X . As descobertas tanto da medicina como da física atômica e nuclear estão sendo usadas para o bem estar da humanidade.

          Talvez você não saiba que toda essa modernidade está ligada às pesquisas nas áreas de física. Muitos pesquisadores, tanto na área de pesquisa pura como na área tecnológica, têm se dedicado ao estudo do átomo e das partículas elementares. Muitos trabalhos desenvolvidos para a pesquisa acabam beneficiando a todos no cotidiano. Até mesmo facilidades existentes, como o uso de aparelhos cada vez menores, não seriam possíveis sem o desenvolvimento da pesquisa científica envolvendo o mundo atômico. Os microcomputadores de hoje são muito mais eficientes que os primeiros computadores que surgiram. Apesar do seu custo ainda alto, não se pode comparar ao custo dos primeiros computadores, caríssimos e que ocupavam salas enormes refrigeradas a 20ºC.

          O desenvolvimento científico vem sendo feito desde o tempo dos gregos. Embora os métodos tenham variado muito, a pergunta fundamental de como é o nosso universo permanece fascinando a humanidade.